Mary odiou aquele homem de imediato. Claro que ele não podia saber que estava parada no meio do hall escuro, àquela hora da noite. Mas, por outro lado, ela não esperava que ele entrasse na casa feito um furacão e a derrubasse no chão.
— Que diabo. ..
A voz dele era tão ameaçadora e profunda como os trovões lá fora.
— Quem é você? — perguntou Mary, assustada.
Nesse momento, um relâmpago iluminou uma figura que poderia ter saído de um dos romances de Jane Eyre.
O homem era grande. Maior do que qualquer outro que ela já havia visto. Mãos enormes seguravam uma pasta preta e um guarda-chuva. O cabelo era negro e estava todo despenteado. Os olhos sob as sobrancelhas grossas pareciam faiscar...
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